quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A QUESTÃO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO

Introdução
As Ciências Sociais ensinam que as desigualdades sociais entre os sexos são o resultado de relações históricas de opressão e preconceito. A este entendimento dá-se o nome de “questão de gênero”. Essa concepção não reconhece que as características físicas e biológicas de alguém devam ser usadas como parâmetro comportamental. Nessa perspectiva, refutam a ideia de que o “sexo masculino” deva se comportar como menino e de que o “sexo feminino” deva se comportar como menina. Alegam que o comportamento social esperado de homens e mulheres é estabelecido pela cultura e não pelas questões físicas e biológicas.

Ideologia

Influenciado pelas ideias do inglês John Lock, o filósofo francês Destutt de Tracy desenvolveu o conceito de “ideologia”. A palavra é composta pelos vocábulos gregos “eidos” que indica “ideia” e “logos” com o sentido de “estudo” e “raciocínio”. De modo singular significa “o conhecimento sobre as ideias”.

Karl Marx

Nos escritos do filósofo alemão Karl Marx a ideologia deixa de ser apenas “o conhecimento das ideias” e passa a ser um “instrumento” que serve para assegurar o domínio de uma classe ou grupo social que impõe aos outros os seus ideais de comportamento.

Gramsci

O filósofo e político italiano Antônio Gramsci reinterpretou as teorias de Marx e deu especial atenção às ideias e a cultura como campo estratégico de lutas. Na sua visão o processo de dominação deve ser feito pelo convencimento e pela imposição da ideologia de uma classe ou grupo social sobre os outros.

Para tanto, Gramsci recomenda a reforma intelectual e moral da sociedade por meio de pessoas influentes que possam manipular a opinião pública e assim modificar o senso comum do “certo” e do “errado”.

Homem coletivo

Com o uso intenso da mídia dissemina-se uma “nova cultura” e cria-se o “homem coletivo” que passivamente aceita e assimila a “filosofia nova” e passa a pensar igual a todo mundo.

 Patrulhamento ideológico

A partir do “senso comum modificado” pelas novas ideias, quem ousar discordar sofrerá o patrulhamento ideológico.  O propósito é desprestigiar quem se manifesta contrário à ideologia. As pessoas que oferecem resistência são estigmatizadas e acusadas com termos pejorativos tais como “fundamentalista”, “homofóbico”, “preconceituoso”, “machista”, “racista” e “reacionário” dentre outros.

Politicamente correto

Por meio do patrulhamento são construídas muralhas invisíveis que amordaçam o cidadão temeroso da censura. Assim a liberdade de expressão é controlada pelas grades do “politicamente correto”. O cidadão passa a falar somente aquilo que não lhe trará censura ou repreensão.

Ideologia e identidade de Gênero

Quanto à sexualidade a ideologia ensina que à orientação do desejo sexual não é determinada pela constituição anatômica do corpo humano. Neste caso, consideram que a atração pelo sexo oposto corresponde a determinados estereótipos e papeis sociais previamente estabelecidos pelo contexto histórico, político e cultural da sociedade.

Desse modo os padrões de cultura vigente devem ser desconstruídos, para isso a identidade de gênero e a orientação sexual devem ser consideradas como algo natural que vai moldar a pessoa ao longo da vida, por exempolo, a criança passa a decidir depois de crescida se quer ser menino ou menina. Daí o interesse descarado e depravado da ideologia em alcançar as crianças por meio das chamadas cartilhas e temáticas homoafetivas.

Consequências da ideologia de gênero

            Quando se adota a ideologia de gênero como parâmetro ou medida, os valores e os conceitos tornam-se relativos. A começar pelo postulado básico da “identidade de gênero” toda a relação sexual consentida será considerada moralmente boa e, portanto lícita e aceitável, não sendo passível de crítica ou condenação por parte da sociedade e das autoridades públicas.

Práticas que hoje são moralmente condenadas passarão a ser consideradas igualmente lícitas tanto do ponto de vista moral, legal e jurídico. Depravações como zoofilia (sexo do homem com animais); necrofilia (atividade sexual com cadáver) e até a pedofilia (sexo de adulto com criança) serão toleradas como  resultado da aceitação da “ideologia de gênero”.

A exposição do Santander

            Sabemos que os defensores da ideologia vão fazer barulho e discordar da afirmação feita acima. No entanto, não se pode negar os fatos que estão bem diante dos nossos olhos. Vou citar somente um exemplo que comprovam com dados reais o que pretende esta ideologia que inevitavelmente  vai desaguar em depravação moral. Vejamos: ao estilo proposto por Gramsci a fim de modificar o senso comum por meio da arte, neste mês de setembro, a exposição do Banco Santander reuniu em Porto Alegre-RS, 270 trabalhos de 85 artistas que abordavam a temática LGBT, questões de gênero e diversidade cultural.

Grande parte destes trabalhos afrontavam símbolos religiosos cristãos e faziam apologia à zoofilia, pedofilia, sexo grupal e defesa do homossexualismo. Tudo isto financiado com isenção fiscal, cerca de 800 mil reais, captados por meio da Lei Rouanet – de incentivo à Cultura.

Após inúmeros protestos nas redes sociais a exposição foi cancelada. Ato contínuo, os defensores da ideologia deram início ao “patrulhamento ideológico” ao estilo proposto por Gramsci desqualificando seus opositores com variados termos pejorativos. Não enxerga quem não quer ver.

Considerações Finais

Em contraste a esta ideologia, as Escrituras asseveram que o Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Portanto, biblicamente a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsicamente relacionados às características físicas (sexo masculino e feminino) do ser humano e não com o construto cultural da sociedade.

 Douglas Roberto de Almeida Baptista


PENSE NISSO!

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