Por Douglas Roberto Baptista
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade,
correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”
O apóstolo Paulo retira ilustrações das competições atléticas para
falar da autodisciplina. Os moradores de Corinto eram familiarizados com
essas atividades desportivas. Os jogos aconteciam na cidade quatro
vezes por ano. Dentre outras modalidades, faziam parte das competições,
corridas de cavalos, corridas de fundo, de carros com animais, lutas
livres, disputas musicais e poéticas. Ao vencedor era conferida uma
coroa de folhas de pinheiro.
Ao fazer uso da metáfora o apóstolo lembra o esforço dos atletas para
alcançarem o prêmio. Os corredores nos estádios imprimiam velocidade até
a exaustão para serem coroados (1Co 9.24). Os lutadores sujeitavam-se a
um árduo e cansativo treinamento para receberem glória momentânea (1Co
9.25). Ambos os atletas tinham objetivos bem definidos. O corredor
precisava ultrapassar a linha de chegada e o lutador tinha que vencer
seu oponente (1Co 9.26). Paulo afirma que tais metas não podiam ser
conquistadas sem o exercício do autocontrole, da disciplina constante e
do treinamento diário (1Co 9.27).
Seguindo o modelo de ensino utilizado por Jesus, o apóstolo faz uso de
comparações para extrair lições à vida espiritual. Neste caso, a grande
lição é a necessidade de autodisciplina a fim de recebermos o prêmio da
salvação eterna. Nas competições gregas, somente um atleta era premiado
em cada modalidade. Na carreira espiritual, todo o atleta cristão que
alcança a linha de chegada recebe seu galardão (Ap 2.10).
Diante desta verdade, exige-se do cristão todo o esforço para obter
êxito na carreira espiritual. A ilustração paulina nos exorta a correr
bem (1Co 9.24). Essas palavras indicam empenho e dedicação. Assim como
um atleta necessita de disciplina, a conquista da vitória espiritual
requer autocontrole e obediência as Escrituras. Durante a corrida não se
admite, por exemplo, que o atleta pare antes da linha de chegada. Essa
afirmação denota a importância da perseverança, persistência e vontade
de vencer (Mt 10.22). Infelizmente, durante nossa corrida para os céus,
encontramos alguns que desistem do objetivo. Abandonam a salvação por
negligenciarem a disciplina cristã.
Por sua vez, os atletas gregos sujeitavam-se a uma severa disciplina.
Era lhes exigido abster-se de certos alimentos como doces e até água
fria. Por analogia, o atleta cristão deve abster-se de toda a aparência
do mal (1Ts 5.22), fugir das paixões da mocidade (2Tm 2.22) e abrir mão
de certas liberdades, pois embora tudo nos seja lícito nem tudo nos
convêm (1Co 6.12). Os competidores treinavam diariamente por um período
de dez meses. Sofriam diversas privações para conquistar uma coroa que
iria murchar em poucos dias. Esse simbolismo indica que muito mais o
atleta cristão deve dedicar- se para alcançar a incorruptível coroa de
glória (1Co 9.25). A disciplina da oração incessante (1Ts 5.17), do
jejum habitual (1Co 7.5), da leitura bíblica diária (Jo 5.39) e da
vigilância constante (Mc 13.37) não podem ser negligenciadas por quem
deseja ser galardoado.
Paulo assevera que nosso oponente é real (1Co 9.26). Ele se levanta
contra tudo o que se chama Deus, ou se adora (2Ts 2.4). Mas é possível
resistir-lhe com a autodisciplina e a armadura de Deus (Ef 6.11). O
apóstolo demonstra preocupação com o perigo de ser reprovado e não
alcançar o alvo (1Co 9.27). Por esta razão como atletas de Cristo
rejeitamos os apetites carnais, os desejos pecaminosos e as tentações
mundanas; e fixamos nossos olhos no alvo – Cristo Jesus – autor e
consumador de nossa fé. (Hb 12.2).
Fonte
Ensinador Cristão, Número 56, Ano 14 / 2013, CPAD.
Formato: 20,5 x 27,5 cm / 52 páginas
Acabamento: Grampo
Periodicidade: Trimestral
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Muito bom. Este é o meu professor Doglas.
ResponderExcluirMuito bom. Este é o meu professor Doglas.
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