O problema dos judaizantes vem sendo enfrentado desde os primórdios da igreja cristã. O apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas (c. 49 DC) para, entre outros, tratar também acerca deste assunto, pois aqueles irmãos da Galácia estavam passando por uma situação semelhante a da igreja de hoje.
Os judaizantes ensinavam que a salvação dependia também da lei, principalmente da circuncisão. Segundo eles, para ser cristão, a pessoa precisava antes ser judeu (não por descendência, mas por religião). Foi para combater as heresias judaizantes que Paulo escreveu aos Gálatas e mostrou àqueles irmãos que voltar as práticas e aos cerimoniais da Lei era cair da graça (Gl 5.1-10).
Algo parecido tem acontecido na Igreja brasileira nos dias atuais. Os judaizantes modernos ensinam que os crentes devem guardar as festas judaicas, ler a Torah nos cultos, etc. É muito comum ver alguns cristãos usando kipás (bonézinho usado pelos judeus), buscando ligações genealógicas com o povo israelita para que possam obter nacionalidade judia, entre outras coisas. Até mesmo nos cultos de algumas igrejas, músicas e danças judaicas foram inseridas.
Em nome do amor a Israel a bandeira da nação é colocada na igreja, o shofar é tocado e promovem-se as festas com a promessa de uma nova unção sobre a vida de quem participa de tais celebrações. Há igrejas onde as pessoas não podem adentrar ao templo de sandálias ou sapatos e são orientadas a tirar os calçados, pois, segundo ensinam, irão pisar terra santa.
Quando Paulo escreveu aos Gálatas, Os judeus estavam presentes em todo o Império Romano, principalmente nas cidades mais importantes. Muitos deles se converteram ao cristianismo e, dentre os convertidos, havia aqueles que queriam impor a lei mosaica sobre os cristãos gentios. Estas pessoas passaram a ser conhecidas como os "judaizantes". Assim como os fariseus e os saduceus perseguiram Jesus durante o período mencionado pelos evangelhos, os judaizantes pareciam estar sempre acompanhando os passos de Paulo a fim de influenciar as igrejas por ele estabelecidas. Essa questão entre judaísmo e cristianismo percorre o Novo Testamento e ainda encontra espaço na igreja atual.
Os judaizantes chegavam às igrejas com o Velho Testamento "nas mãos". Isso se apresentava como um grande impacto para os cristãos. O próprio Paulo ensinava a valorização das Sagradas Escrituras. Como responder a um judeu que mostrava no Velho Testamento a obrigatoriedade da circuncisão e da obediência à lei? Além disso, apresentavam Abraão como o modelo para os servos de Deus.
Os judaizantes ensinavam que a salvação dependia também da lei, principalmente da circuncisão. Segundo eles, para ser cristão, a pessoa precisava antes ser judeu (não por descendência, mas por religião). Foi para combater as heresias judaizantes que Paulo escreveu aos Gálatas e mostrou àqueles irmãos que voltar as práticas e aos cerimoniais da Lei era cair da graça (Gl 5.1-10).
Na verdade, de acordo com Champlin [1], os judaizantes eram pessoas simples, sem um claro entendimento espiritual, que tentavam fazer a Igreja Cristã voltar à posição de uma simples sinagoga. Eles aceitavam as reivindicações messiânicas de Jesus, mas não entendiam que a doutrina paulina da salvação pela graça, mediante a fé, havia anulado a lei como método de obtenção da salvação.
Algo parecido tem acontecido na Igreja brasileira nos dias atuais. Os judaizantes modernos ensinam que os crentes devem guardar as festas judaicas, ler a Torah nos cultos, etc. É muito comum ver alguns cristãos usando kipás (bonézinho usado pelos judeus), buscando ligações genealógicas com o povo israelita para que possam obter nacionalidade judia, entre outras coisas. Até mesmo nos cultos de algumas igrejas, músicas e danças judaicas foram inseridas.
Em nome do amor a Israel a bandeira da nação é colocada na igreja, o shofar é tocado e promovem-se as festas com a promessa de uma nova unção sobre a vida de quem participa de tais celebrações. Há igrejas onde as pessoas não podem adentrar ao templo de sandálias ou sapatos e são orientadas a tirar os calçados, pois, segundo ensinam, irão pisar terra santa.
Já existem denominações no Brasil onde os assentos foram retirados dos templos e os crentes ficam de joelhos em posição semelhante à usada pelos judeus nas sinagogas. Algumas declaram a guarda do Sábado, ensinando que o sábado é o sinal de uma aliança perpétua e da volta de Cristo.
Nesta questão, outra vez, o ensino bíblico foi deixado de lado. O concílio apostólico de Jerusalém, cuja menção histórica se acha no décimo quinto capítulo do livro de Atos dos Apóstolos, decidiu que os costumes judaicos, incluindo a circuncisão e a guarda do Sábado, não eram obrigatórios para os cristãos, quer judeus, quer gentios, por não fazerem parte da dispensação do evangelho.
[1] CHAMPLIN. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos. 2002. p. 619.
Parabens Pr. Douglas, estamos aqui em Paragominas/PA, porem sabendo que o Sr. em sua regiao bem distante se preocupa com as ameacas a verdadeira fe Crista. DEUS continue lhe usando assim. (Ev. Kleber Ferreira).
ResponderExcluirEu preciso saber quem seriam os judaizantes de hoje em dia?
ResponderExcluirDeus continue abençoando seu ministério,muito bem explanado esse assunto,aprendi muito lendo essa matéria.
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